Joanna Maranhão #prontofalei

Esta semana, Joanna Maranhão decidiu jogar a toalha molhada que tanto bateu na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

A briga cibernética, acompanhada pela imprensa e outros interessados, culminou com o desabafo da nadadora pernambucana através de uma nota:

“Hoje foi liberado na imprensa uma ‘resposta’ da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos em relação aos meus inúmeros pedidos de ajuda. Tudo que posso dizer é ‘Presidente, o senhor venceu’.

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Joanna durante seus depoimentos, com a mãe.

Sim,o senhor venceu porque é impossível lutar contra um ‘governo’ de mais de 20 anos, é difícil fazer barulho com um grito solitário.
Eu não possuo assessoria de imprensa, ‘staff’ que trabalha pra mim balançando a cabeça positivamente para todas as minhas vontades. Não tenho e nem pretendo ter.
Minhas ‘armas’ são: meu talento, meu amor pela natação e minha vontade de ver uma realidade diferente.
Não duvido que outros tantos nadadores queiram isso tanto quanto eu, mas eles nada fazem.

Eu poderia trazer a público as cópias dos contratos de ‘apoio’ e ‘patrocínio’ que a nota enviada por sua assessoria de imprensa diz que eu tenho desde 2002. Poderia somar os meses que recebi ajuda de SUA confederação nesses 11 anos. Com certeza não chegariam aos 132 meses que pela nota enviada, recebi apoio. Pera, desculpe, a nota diz que não recebi apoio quando não me inseri nos critérios, não é isso? Só uma pergunta: que critérios?
Ter sido semi-finalista olímpica em Londres por acaso foi critério de exclusão?

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Ela dá as costas para a opinião pública e diz o que pensa.

Sim, porque logo após Londres meu ‘apoio’ não foi renovado…
Enfim, como eu disse no início, o senhor venceu! Continuará por mais 4 anos no comando da Confederação com seus atletas fantoches colocando #’s, apertando sua mão, indo a eventos e comemorando a evolução da natação brasileira!
Desisto de tentar mudar, desisto de brigar sozinha. Agora optei por outro caminho e mesmo não lhe devendo explicações quanto aos meus planos, lhe digo mesmo assim:

Enquanto eu for atleta de alto rendimento, farei com responsabilidade, disciplina e vontade, apesar do meio me entristecer e assim que eu entrar na transição e deixar de ser atleta, formarei novos atletas e esses, senhor presidente, o senhor pode ter certeza que além de aulas e treinos de natação, serão ensinados o VERDADEIRO valor do esporte, que vai muito além de nadar rápido e receber tapinhas nas costas de cartola.

Parabéns por mais essa vitória.
Att,
Joanna Maranhão”

Joanna já passou por vários dramas pessoais, trocas de técnicos e clubes. Ganhou uma Lei com seu nome, graças a coragem que teve de se expor. Depois, o bicho pegou mesmo com suas críticas à gestão da CBDA.

O bate boca chegou a sites especializados, como no editorial do Best Swimming, mas o Ephicurus é que me fez lembrar que já houve uma iniciativa entre os nadadores de formarem uma entidade para defender os seus direitos. O movimento começou com atletas do Rio, chegaram a difundi-lo em campeonatos brasileiros, mas não teve força política para se consolidar. Ouvi de um deles que chegavam a participar do início das reuniões da Confederação, mas depois eram convidados a sair nos assuntos principais.

Quem sabe não é a hora de criar esta entidade? A Austrália tem uma

 

5 thoughts on “Joanna Maranhão #prontofalei

  • LAM

    Boa Piu, esta é a beleza da internet, espaço e voz mesmo sem “apoio”. Cabe ao leitor tirar as próprias conclusões.

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    • Rogério Romero

      Por isso tentei apenas citar os fatos, sem entrar no mérito.

      Abraço.

      Responder
  • Rodrigo Munhoz

    Não conheço os detalhes deste imbróglio especifico, mas no que tange a necessidade de um organismo que defenda o interesse do nadador brasileiro, sou a favor. O atleta é (ou deveria ser) o maior interessado em maior transparência e bom uso dos recursos de sua confederação. De qualquer forma, Boa sorte pra Joanna. Abraços!

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    • Rogério Romero

      Acho que seria o caso de algo ainda mais amplo. Ficar apenas como auditor de federação é um papel pequeno – mas relevante, concordo – com o que os nadadores podem fazer unidos.

      Responder

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