A (des) organização e apreensão seguem

Bem, antes de entrar novamente neste assunto recente, volto a 1987, ano do Pan de Indianápolis. Em janeiro, havia participado do meu primeiro Troféu Brasil, na antiga piscina do Minas, quando sai com duas pratas nas provas de costas, perdendo para o meu ídolo Ricardo Prado. Na verdade, nos 100m, fiquei tão nervoso por nadar ao lado de um medalhista olímpico e ex-recordista mundial, que até errei a virada.

Vexame à parte, com estes resultados, acabei sendo pré-convocado para o Pan. 87 foi o ano pré-era Coaracy Nunes, e as regras de convocação não eram tão claras como hoje. Após treinar um tempo com os demais nadadores, também pré-selecionados, do Clube do Golfinho de Curitiba, acabei sendo cortado. Só eu da equipe. Posso dizer que foi a primeira grande decepção. Como prêmio de consolação, fui para as Universíades, na Iugoslávia (também não existe mais!) onde abaixei bem meu tempo nos 200m costas.

Mas voltando ao nosso tempo atual, agora com a velocidade da Internet, organizações cada vez melhores, planos de projetos que entregam as obras à tempo para eventos testes – e corrigem eventuais erros que tenham passado desapercebidos -, nossa Odepa (Organização Desportiva Panamericana, será que nem site tem???) continua se enrolando. Agora recebeu a informação da FINA (Federação Internacional de Natação) que pode sim passar do limite dos 256 atletas, desde que os demais tenham índice A (bons tempos) para tal. Como nem o COB, nem a CBDA lançaram notas oficiais sobre qualquer mudança, a apreensão continua.

"Ahora son más de 256 nadadores? Que pasa?", perguntam os voluntários.


Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero

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