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  • Bolões e madrugadas em claro mudam rotina de torcedores na Olimpíada

    Publicado em 02/08/2021, aqui

    Diversão e amor aos jogos justificam mudança de hábito

    Publicado em 02/08/2021 – 15:13 Por Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil – Brasília

    Máscara, roupa especial, luvas e espadas (incluindo sabre e florete). Na vida do ex-esgrimista brasileiro Renzo Agresta, hoje com 36 anos de idade, também foram rotineiros os títulos e as medalhas, como as de bronze conquistadas nos Pan-Americanos de 2015, 2011 e 2007. Agresta foi campeão continental e também no mundial militar. Nos Jogos Olímpicos, ele representou o Brasil em quatro edições: de 2004 a 2016.

    Em 2021, o brasileiro vive uma situação diferente, mas não deixou de competir. Virou assessor de investimentos e acompanha os jogos de Tóquio pela TV. Porém, o esporte não saiu da rotina: vibra com os resultados e mantém a adrenalina ao acompanhar as competições de madrugada. Com o espírito de competição na veia, agora ele busca mesmo o título do bolão.

    Bolões, aliás, fazem parte da cultura brasileira de brincar entre amigos, colegas de trabalho e até desconhecidos para saber quem vai chegar mais longe nos palpites. “Eu acho gostoso acompanhar. Assisti aos eventos de minha modalidade em uma madrugada, mas não é possível fazer isso todos os dias porque temos que trabalhar pela manhã”. Renzo lamenta não estar liderando o bolão em que entrou a convite de um amigo e ainda espera chegar lá (em um novo pódio, mas agora para se divertir).

    Para ele, é um sabor especial assistir e recuperar a memória de tantos eventos internacionais, mesmo que de longe: reviver a abertura, a ansiedade pela hora da competição, o contato com outros esportistas, a espera pelo resultado… “Já acertei bastante no bolão e estou estudando cada um dos palpites.”

    Organizador do bolão de que Renzo participa, Murilo Pessoa segue a tradição desde a Olimpíada de Pequim, em 2008, por diversão e amor aos jogos. “Eu gosto muito de Olimpíada. Eu paro a minha vida nestas semanas. Estou dormindo muito pouco”. Ele diz que, em 2008, mudou o fuso horário da vida. “Aí eu comecei com os amigos a fazer esse bolão com umas 40 pessoas”. Hoje, mantém a média de participação, mas tem participantes que nem se conhecem. “Eu passo uns dias estudando e escolho os candidatos a medalhas do Brasil. É uma brincadeira mesmo, não para ganhar dinheiro. Um amor pelo esporte.”

    Foi também por amor ao esporte que os irmãos Rogério Romero, ex-nadador que competiu em cinco Jogos Olímpicos e atual gerente de Esportes do Minas Tênis Clube, e o irmão Julian Romero criaram o site Swim It Up, endereço especializado em natação para divulgar notícias, resultados, rankings e fotos. Há 21 anos, fizeram o primeiro bolão. Hoje é Julian que cuida das atividades. O ex-nadador fica na torcida por causa das outras atividades.

    “O primeiro bolão foi em 2000. Depois fizemos nas Olimpíadas de 2004 a 2012. Fizemos bolões de campeonatos mundiais de natação em 2007, 2009, 2011 e 2013. Sempre demos prêmios nesses bolões, que têm participação pequena: entre 100 a 350 pessoas”. Os maiores prêmios que já deram foram viagens para o Mundial de Roma, em 2009, e para o Mundial de Barcelona, em 2013.

    Os participantes, conforme ele explica, são pessoas antenadas no esporte. “Decidi reorganizar um bolão diferente agora. Pela primeira vez, as pessoas podiam palpitar nos nadadores que seriam parte da seleção olímpica. O bolão olímpico de Tóquio era inevitável”, diz Julian. O prêmio é uma réplica da medalha olímpica.

    Romero explica que não tem lucro ao organizar o bolão. “Eu faço porque acho interessante lidar com a torcida. No final, o trabalho é de incentivar a natação brasileira, movimentar, divulgar e manter um histórico. O objetivo é incentivar a natação.”

  • Seletiva americana inova

    Para que a competição com 1700 nadadores não seja impossível de realizar, o Diretor da Seleção Nacional de Natação ouviu técnicos e atletas e decidiu que as eliminatórias da seletiva americana serão em 10 raias e as saídas serão dadas ainda com os nadadores da série anterior na água. Tudo isso para tentar agilizar e manter um mínimo de organização para o que eles chamam de “a competição mais rápida do mundo”.

    As medalhas olímpicas: quem não quer?

    Tirando o exagero natural dos norte-americanos, ela pode ser a mais rápida mesmo se considerarmos sua incrível sequencia de provas. Tudo isso para estar em Londres, cuja programação já está no ar.


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero