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  • Mundial Júnior é o futuro da natação?

    Ontem acabou a 4a. edição do Mundial de Júnior de Natação, em Dubai. Após uma semana de disputa, o Brasil finalizou em 8o, de 91 países, na pontuação. Se partirmos para o míope sistema de medalhas, cai para 15o.

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    A imensa equipe brasileira: infra e suporte máximos para os juniores. (crédito: Satiro Sodré)

    Isso quer dizer que o Brasil é uma potência júnior, com grandes perspectivas destes talentos virarem realidade em 2016 e a natação sair entre os 10 melhores também nos Jogos Olímpicos? Se pensarmos no (novamente) míope sistema de medalhas, sim, isto é possível. Afinal, a Lituânia ficou em 9o. em Londres, graça ao ouro de uma das estrelas de Dubai, Ruta Meylutite.

    Austrália, vencedora em ouros, Estados Unidos e Japão, ficaram entre os 5 maiores medalhistas, tanto em Dubai, quanto em Londres. Se incluirmos a Rússia (4 em Londres e 26 em Dubai), teremos uma graaaande coincidência entre o sucesso destas equipes.

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    Emirados Árabes Unidos: opulência no parque aquático.

    O Brasil acabou com uma solitária prata de Pedro Vieira nos 100m borboleta e continua com apenas um ouro na história, graças ao ouro de Leonardo Guedes na edição de estreia no Rio de Janeiro. Além da medalha, foram 14 finais, isso na mais forte competição para esta faixa etária. Para se ter uma ideia, apenas 8 dos recordes de campeonato das 42 provas sobreviveram à chuva de recordes protagonizados em grande parte pela lituana e pelo australiano Mack Horton, os nomes do campeonato.

    Este Mundial segue a cartilha dos Jogos Olímpicos da Juventude, como uma maneira de aumentar o interesse dos jovens nos esportes olímpicos. Tem provas que não são olímpicas e também os inusitados revezamentos mistos, como alguns dos trunfos. Mas isso não é garantia de público e não fica bem na televisão ver aquela enorme arquibancada semi-vazia.

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    Svetlana Chimrova: nada menos que 9 recordes, tem a cara da nova Rússia.

    Ainda tem uma resistência de alguns países em aderir, talvez por terem outras alternativas – e bem mais baratas – de dar experiência aos seus nadadores, mas pelo índice técnico de 2013, eu diria que os americanos não vão chegar mais em cima e outros países europeus talvez invistam para chegar em Singapura (que não participou em Dubai!) em 2015.

     

  • Seletiva Americana: Ervin is back (e talvez Torres)

    O garoto prodígio está de volta, após um hiato olímpico de 12 anos da sua vitória compartilhada com Gary Hall Jr em Sidney. Anthony Ervin deu sua melhor marca e tem hoje a terceira marca do ano, atrás dos brasileiros Cesar Cielo e Bruno Fratus.

    Os brasileiros vão ter companhia de Ervin (e suas tatuagens) nos 50m livre.

    Leia aqui o que escrevi em fevereiro sobre Ervin.

    A veteraníssima Dara Torres (5 olimpíadas, a primeira em 1984!), pode ser a surpresa nas finais do última dia (amanhã) se ficar entre as duas primeiras também nos 50m livre.

    No mês passado, atentei que ela e o turco Derya Buykuncu poderiam abrir o clube de 6 olimpíadas para nadadores. O segundo já se garantiu nos 200m costas, aguardemos a americana.

    Torres com uma das estrelas da nova geração, Missy Franklin, relaxando. (Twitter)


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero