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  • Raias do Mundo: França, Itália e GP no Arizona

    A França foi outro país que realizou seu nacional, seletiva para o Mundial de Barcelona. Jeremy Stravius juntou-se aos medalhistas olímpicos Camille Muffat, Florent Manaudou e Yannick Agnel para as melhores performances, com suas 4 vitórias, uma prata e recorde nos 200m medley.

    Muffat saiu com as melhores marcas da temporada nos 200 e 400m livre. Manaudou foi apenas 21 centésimos mais lento que seu ouro olímpico nos 50m livre, comprovando a boa forma, enquanto Agnel deu a Stravius a única prata, nos 200m livre.

    Os franceses vem forte nos revezamentos livre masculino.

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    Stravius: destaque entre os destaques.

    A Itália saiu de Londres fechando a lista dos países que subiram ao pódium na natação, com apenas um bronze e fora das piscinas – Martina Grinaldi nos 10km. Os resultados do nacional desta semana dão, mais uma vez, a carga para Federica Pellegrini, que marcou boas marcas da temporada nos 200 e 400m livre (onde Muffat lidera).

    Matteo Rivolta deu o único recorde nacional, nos 100m borboleta, com um rápido 51.70.

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    Rivolta: ainda melhor que seu bronze no Europeu.

    Fechando o giro pelos EUA, que tiveram em Mesa um Grand Prix. A surpresa foi ver um Lochte atipicamente mal. O multi-medalhista olímpico já fala abertamente em ir para a Califórnia, numa tentativa de retornar aos bons resultados.

    Katie Ledecky, a surpreendente campeã olímpica nos 800m livre em Londres, teve sucesso nas provas 200, 400 e 800m livre, além de sua melhor marca nos 100m. Outro campeão olímpico, Tyler Clary saiu com 3 ouros (200m costas, borboleta e 400 medley), enquanto a natural de Mesa, Breeja Larson, brilhava nas provas de peito.

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    Ledecky: avisa que ganhei mais uma.

     

     

  • Balanço olímpico: os pequenos notáveis

    Oussama Mellouli (imaginem o problema de ter um nome destes) foi o primeiro. Primeiro na maratona aquática de Londres (10km). Primeiro a ganhar medalhas na piscina (bronze, nos 1500m) e em água abertas na mesma olimpíada. Primeiro africano a ganhar uma prova individual (1500m, em 2008). E, claro, o primeiro a fazer o mesmo, em tudo isso, para a Tunísia.

    Mellouli: africano, mas treina nos EUA.

    A Tunísia é um dos países que figura na frente do Brasil no quadro de medalhas (na natação, deixemos claro). Isso quer dizer que sua política esportiva para esta modalidade é melhor? O Brasil também ficou atrás da Bielorússia e a Lituânia (daqueles milhares de países da ex-União Soviética). Aliás, estes países ficaram à frente de Itália, Alemanha e Canadá. Será que a crise econômica chegou ao esporte apenas para os países ricos?

    Aliaksandra Herasimenia, bielorussa (à esq): duas pratas para a holandesa Kromowidjojo. (AFP)

    OK, Itália parece um tanto quebrado mas, mesmo assim, medir o desempenho apenas pelas medalhas é óbvio que traz distorções. Sim, é difícil fazer um sistema de pontuação que atenda a todos os interessados. Poderíamos considerar número de finais e/ou mais medalhas para os esportes coletivos, por exemplo. Mas o sistema, já dizia aquele filme, é ****.

    Ruta Meilutyte: lituana, mas treina na Inglaterra.


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero