Tag: Katie Ledecky

  • BCN2013 finais 7: tri de Cielo, mais recordes mundiais para as mulheres

    Cesar Cielo foi absoluto na prova. Levou o inédito tri não tão fácil quanto dois anos atrás, mas não deixou dúvida da sua superioridade. Melhor tempo sem trajes (21.32). Isso, lembrando, numa prova onde haviam 3 campeões olímpicos, ele foi o único dos 3 que medalhou – 6a. de ouro em mundiais! Quem se destacou na prova foi o campeonato americano universitário. Morozov, atual campeão da prova, Cielo, campeão em 2008 e Bovell, embora tenha ficado apenas em 4o. nesta prova no seu último ano, também nadou em Auburn como o brasileiro e foi 5 vezes campeão do NCAA. Ah, sim, e pela terceira vez, nenhum americano com medalha na prova.

    cesar-cielo-emocionado-ouro-mundial-640x480-getty
    Cielo: não importam os próximos dois anos, todos querem ver este choro no Rio.

    As americanas Missy Franklin e Katie Ladecky e a lituana Ruta Meylutite também vão fazendo história em Barcelona. Missy bateu o recorde do campeonato nos 200m costas e amanhã deve ser a primeira a conquistar 6 ouros no mesmo campeonato. Já a fundista bateu seu segundo recorde mundial, agora nos 800m livre, e saiu invicta com 4 ouros.

    Screen-Shot-2013-08-03-at-4.19.41-PM-1-593x480
    Ledecky desconhece outro degrau do pódium.

    Meylutite também estabeleceu duas novas marcas, hoje nos 50m peito. A marca antiga não durou nem 12h, já que foi estabelecida pela campeã dos 200m peito, a russa Yuliya Efimova, logo pelas eliminatórias. Será que a russa vai ganhar de outra recordista mundial amanhã, como nos 200m?

    Screen-Shot-2013-08-03-at-3.47.29-PM-1-624x480
    Meylutite: agora fica fácil lembrar as cores da bandeira lituana.

    Chad le Clos fez as últimas 5-6 braçadas dos 100m borboleta como se tivesse começando a nadar naquele momento e sagrou-se campeão. Provavelmente vamos vê-lo, assim como Katie, Missy e Ruta, ainda mais rápidos nos Jogos Olímpicos do Rio.

    DSC0444-413x480
    Le Clos, manias de menino, resultados de campeão.

     

     

  • Barcelona 2013 finais 3: mais um recorde mundial para Ledecky

    O grande destaque foi novamente a americana Katie Ledecky. Mas a vitória e recorde mundial não vieram tão fácil quanto todos imaginavam após seu recorde nos 400m. A dinamarquesa Lotte Friis queria o bi nesta prova. Abandonou os 400m, ficou na cola da americana até que veio uma última virada (das 30) que acabou com o sonho. Restou o recorde europeu, também abaixo do antigo mundial. A neozelandesa Lauren Boyle mostrou a evolução desta prova, não olímpica, ao pegar o bronze com recorde da Oceania. Com mais o recorde sul-americano nas eliminatórias da chilena Kristel Kobrich é, até agora, a prova que teve mais recordes continentais.

    628x471
    Ledecky: você aí, fica com estes 40 mil dólares.

    Com mais as vitórias dos 100m costas, com Missy Franklin e Matt Grevers repetindo os feitos olímpicos, os EUA avançaram no quadro de medalhas com 12, sendo 5 douradas.

    Ruta Meylutite saiu muito bem e chegou melhor que ontem, quando estabeleceu nova marca mundial, mas ficou alguns centésimos do seu tempo. Ao menos garantiu o ouro, numa forte final.

    1375144050-world-record-for-16-yearold-ruta-meilutyte-from-lithuania_2305347
    Meilutyte, 16, com reflexos impressionantes.

    Os brasileiros João Junior e Leonardo de Deus avançaram para as finais dos 50m peito e 200m borboleta, respectivamente. Quem sabe não surpreendem amanhã?? Manuella Lyrio, apesar do recorde sul-americano nos 200m livre (1:59.52), não avançou para as semi.

    Quem não passou para as finais foi a rainha da Copa do Mundo, Katinka Hosszu. Além dela, outros super-atletas parecem estar sentido a intensa programação. Kosuke Hagino ficaria em 2o. nos 100m costas com sua melhor marca pessoal, mas encarou um 200m livre antes, quando ficou em 5o. Ryan Lochte também amargou uma 4a. colocação nos 200m livre.

    s_s_7735-640x426
    O Papa Pop e de Deus pode dar seu recado amanhã.

    Apenas Franklin continua bem na sua saga por oito medalhas (será a sucessora de Phelps?) e já tem duas de ouro. Deve declinar da premiação em dinheiro oferecida pela organização. Pelas regras da natação universitária americana, ela deve continuar “amadora” para poder competir no NCAA. A nova recordista (em todos sentidos, tem apenas 16 anos) Katie Ledecky, por exemplo, deverá abrir mão de 80 mil dólares (15 por cada vitória e 25 por recorde mundial) se quiser ficar elegível para a competição mais rápida do mundo (realizada em jardas).

    Sim, nem tudo é perfeito nas piscinas americanas…

     

  • Barcelona 2013: finais 1

    Destaques brasileiros:

    1. A veloz dupla Cesar Cielo e Nicholas Santos avança para a final dos 50m borboleta com os melhores tempos;
    2. Felipe Lima, ao abaixar por duas vezes sua marca e, pela primeira vez, do minuto nos 100m peito e, com isso, pegar uma final;
    3. O recorde sul-americano das meninas no 4x100m livre.

    Destaques gerais:

    Screen-Shot-2013-07-28-at-2.17.08-PM-1-640x348
    A ruiva Katie Ledecky absoluta na prova. (crédito: Victor Puig)
    1. O choro com a vitória fácil nos 400m livre de Sun Yang com 3:41.59;
    2. A alegria e vitória fácil nos 400m livre de Katie Ledecky, com o melhor tempo sem trajes tecnológicos e primeiro ouro para os EUA na prova em 22 anos!
    3. Os revezamentos 4x100m livre masculino, pela emoção; e o feminino, ao dar a 18a. medalha em mundiais para Natalie Coughlin.
    usa1
    Mulherada americana foi bem nas primeiras finais.

    Menção honrosa:
    Andreina Pinto com seu recorde continental nos 400m livre. Com 4:06.02 a venezuelana abaixa sua própria marca de Londres 2012 em mais de 2s.

     

  • Raias do Mundo: França, Itália e GP no Arizona

    A França foi outro país que realizou seu nacional, seletiva para o Mundial de Barcelona. Jeremy Stravius juntou-se aos medalhistas olímpicos Camille Muffat, Florent Manaudou e Yannick Agnel para as melhores performances, com suas 4 vitórias, uma prata e recorde nos 200m medley.

    Muffat saiu com as melhores marcas da temporada nos 200 e 400m livre. Manaudou foi apenas 21 centésimos mais lento que seu ouro olímpico nos 50m livre, comprovando a boa forma, enquanto Agnel deu a Stravius a única prata, nos 200m livre.

    Os franceses vem forte nos revezamentos livre masculino.

    Jeremy-Stravius-200-IM-Thanking-Crowd1
    Stravius: destaque entre os destaques.

    A Itália saiu de Londres fechando a lista dos países que subiram ao pódium na natação, com apenas um bronze e fora das piscinas – Martina Grinaldi nos 10km. Os resultados do nacional desta semana dão, mais uma vez, a carga para Federica Pellegrini, que marcou boas marcas da temporada nos 200 e 400m livre (onde Muffat lidera).

    Matteo Rivolta deu o único recorde nacional, nos 100m borboleta, com um rápido 51.70.

    Assoluti Nuoto Primaverili 2013
    Rivolta: ainda melhor que seu bronze no Europeu.

    Fechando o giro pelos EUA, que tiveram em Mesa um Grand Prix. A surpresa foi ver um Lochte atipicamente mal. O multi-medalhista olímpico já fala abertamente em ir para a Califórnia, numa tentativa de retornar aos bons resultados.

    Katie Ledecky, a surpreendente campeã olímpica nos 800m livre em Londres, teve sucesso nas provas 200, 400 e 800m livre, além de sua melhor marca nos 100m. Outro campeão olímpico, Tyler Clary saiu com 3 ouros (200m costas, borboleta e 400 medley), enquanto a natural de Mesa, Breeja Larson, brilhava nas provas de peito.

    ledecky
    Ledecky: avisa que ganhei mais uma.

     

     

  • Balanço olímpico: China x Japão

    Os Estados Unidos continuam sua supremacia na piscina, mas a China teve um avanço considerável. Conquistou seus primeiros ouros no masculino (Sun Yang) e exibiu um novo talento precoce (Shiwen Ye), que juntos conquistaram seis das 10 medalhas do país, que acabou em segundo no quadro de medalhas.

    Yang treina na Austrália, com técnico do ex-recordista mundial (Grant Hackett), Denis Cotterel. Ye, apesar de todas as suspeitas, tem uma consistência nos seus resultados (incluindo o polêmico final de prova matador) e também treina de vez em quando na Austrália. Lembrando, que este país caiu das 20 medalhas na China para metade agora em Londres.

    Yang com Cotterel: a tal da globalização chegou às piscinas. (UPI)

    Uma evolução não prevista, uma vez que eles tinham acabado de receber a última edição dos Jogos, conquistando em Beijing 6 medalhas.

    O Japão sentiu a falta dos ouros de Kitajima e, mesmo tendo mais que dobrado o número de medalhas (5 em 2008 x 11 em 2012), pelo sistema eles cairam de 4o. para 9o. Para mim, é um caindo para cima! Sua força é justamente na dispersão (chegaram a diversas finais). Destaque para Ryosuke Irie e Satomi Suzuki, 3 medalhas para cada e com seus 22, 21 anos, respectivamente, assim como os chineses, é bem provável que os veremos em ação no Rio de Janeiro.

    Suzuki: você não ouviu falar nela pois perdeu para recordistas mundiais. (Reuters)


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero