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  • NCAA: cai recorde de Cielo

    Ele já pode ser considerado como meio americano, afinal está quase um terço dos seus 20 anos nos EUA. Mas o russo Vlad Morozov, bronze olímpico no ano passado no revezamento 4x100m livre, é mais um dos inúmeros estrangeiros a fazer sucesso no campeonato universitário americano, uma das poucas competições (muito) bacanas que não tive o prazer de participar.

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    Morozov nada para deixar o recorde de Cielo e dois brasileiros para trás.

    Morozov abaixou 16 centésimos dos 40.92 que Cesar Cielo fez 5 anos atrás, nos 100 jardas livre. E ainda derrotou os dois brasileiros medalhistas no NCAA deste ano: Marcelo Chierighini e João de Lucca. Os dois não devem ter ficado tristes com as grandes performances realizadas em Indianápolis.

    Outro destaque no último dia foi Kevin Cordes, destruindo o recorde dos 200j peito, naquela que o técnico de Phelps reiterou ser a melhor prova em jardas da história. Antes Cordes já tinha estabelecido nova marca nos 100 jardas também. Apesar desta supremacia, ele acabou em 3o. nas eliminatórias para Londres, ficando fora das Olimpíadas. Mais um nome para Rio-2016?

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    Cordes: o C é de Cats (Arizona Wildcats), não do nome dele.

     

     

  • Quarta eliminatória

    Hoje. De tanta gente perguntar, quando Cesar Cielo vai nadar, respondo antecipadamente desde as cinco da manhã: hoje. Hoje o que? Cesar Cielo nada. Ah, mas não é a prova dele. Não, ele é recordista mundial, medalhista olímpico, mas não nada esta prova, não. Ou, como dizem, não é especialista…

    Cielo: precisa melhorar para nadar a final amanhã – e sabe disso. (Zimbio)

    Cielo nadou e fez o que era esperado: classificou-se para a semi. Nesta hora não adianta fazer qualquer tempo relevante. De modo semelhante, o importante à tarde é chegar entre os oito melhores tempos. Raia 1 e 8 são as “piores”? Em tese, sim; na prática, pouco importa, tem os mesmos 50m e, com as novas tecnologias, a questão da marola nos cantos foi minimizada. Cesar Cielo, Gustavo Borges e Fernando Scherer conquistaram medalhas nestas raias laterais.

    Outro brasileiro que nadou consciente foi Tales Cerdeira, indo para a semi dos 200m peito. Nicolas Oliveira, nos 100m livre, Henrique Barbosa, nos 200m peito, e Joanna Maranhão, nos 200m borboleta, não nadaram perto de suas melhores marcas e acabaram suas participações (a não ser que Nicolas nade o revezamento medley de manhã).

    Tales Cerdeira: nadou consciente e está na semi.

    Na verdade, todos os nadadores que foram a Londres tinham chance de ficar entre os 16 melhores, nas suas melhores provas. Seria assim com Fabíola Molina,  nos 100m costas, e Felipe França, nos 100m peito, para ficar apenas em dois exemplos. Ninguém quer representar mal o Brasil, quanto mais a si mesmo! Acredito que o pessoal treinou (e muito). A maioria, ao contrário do que pensam alguns, tiveram acompanhamento de nutricionista, psicólogo, preparador físico, fisiologista e outros profissionais do ramo. Mas, tudo tem que dar certo, na hora certa. Não tem outra chance – apenas daqui a  4 anos!

    E finalizo perguntando aos críticos: e você, qual a sua colocação na sua profissão? Na cidade? No Brasil? No mundo?


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero