Tag: Lance Armstrong

  • Sai prá lá, Lance!

    Depois de enganar inúmeros fãs (não chego a entrar nesta categoria, talvez admirador) por vários anos, o ciclista-mentiroso-mor Lance Armstrong queria levar uma vida normal sendo… nadador master. Inscreveu-se numa competição, mas o mundo aquático soube e começou a se rebelar. Ele já havia nadado anteriormente:

    [youtube id=”iJZYfNH8tO0″]

    O pior de tudo é que a Federação Americana de Natação Master não achava nada de errado, dizendo que sua intenção era promover a saúde entre adultos, etc, etc. Mas a Federação Internacional de Natação fez valer seu regulamento e enviou uma carta para os americanos dizendo para não aceitar a inscrição do pseudo-atleta. Armstrong, vendo onde ia parar, pediu para sair.

    Aqui não, fraude esportiva. Ponto para a FINA.

     

  • Quarta eliminatória

    Hoje. De tanta gente perguntar, quando Cesar Cielo vai nadar, respondo antecipadamente desde as cinco da manhã: hoje. Hoje o que? Cesar Cielo nada. Ah, mas não é a prova dele. Não, ele é recordista mundial, medalhista olímpico, mas não nada esta prova, não. Ou, como dizem, não é especialista…

    Cielo: precisa melhorar para nadar a final amanhã – e sabe disso. (Zimbio)

    Cielo nadou e fez o que era esperado: classificou-se para a semi. Nesta hora não adianta fazer qualquer tempo relevante. De modo semelhante, o importante à tarde é chegar entre os oito melhores tempos. Raia 1 e 8 são as “piores”? Em tese, sim; na prática, pouco importa, tem os mesmos 50m e, com as novas tecnologias, a questão da marola nos cantos foi minimizada. Cesar Cielo, Gustavo Borges e Fernando Scherer conquistaram medalhas nestas raias laterais.

    Outro brasileiro que nadou consciente foi Tales Cerdeira, indo para a semi dos 200m peito. Nicolas Oliveira, nos 100m livre, Henrique Barbosa, nos 200m peito, e Joanna Maranhão, nos 200m borboleta, não nadaram perto de suas melhores marcas e acabaram suas participações (a não ser que Nicolas nade o revezamento medley de manhã).

    Tales Cerdeira: nadou consciente e está na semi.

    Na verdade, todos os nadadores que foram a Londres tinham chance de ficar entre os 16 melhores, nas suas melhores provas. Seria assim com Fabíola Molina,  nos 100m costas, e Felipe França, nos 100m peito, para ficar apenas em dois exemplos. Ninguém quer representar mal o Brasil, quanto mais a si mesmo! Acredito que o pessoal treinou (e muito). A maioria, ao contrário do que pensam alguns, tiveram acompanhamento de nutricionista, psicólogo, preparador físico, fisiologista e outros profissionais do ramo. Mas, tudo tem que dar certo, na hora certa. Não tem outra chance – apenas daqui a  4 anos!

    E finalizo perguntando aos críticos: e você, qual a sua colocação na sua profissão? Na cidade? No Brasil? No mundo?


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero