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  • Belo Horizonte faz ajustes para entrar na rota olímpica

    Publicado em 20/07/2014, aqui

    Em 2016, o Brasil receberá a Olimpíada, que será disputada no Rio de Janeiro. Apesar de não ser a cidade-sede da competição, Belo Horizonte também está na reta final de preparação para participar do evento, mesmo que de forma secundária.

    Escolhida para ser a base de treinamento das equipes da Grã-Bretanha, BH receberá aproximadamente 350 atletas olímpicos e 165 paralímpicos. A Associação Olímpica Britânica (BOA) usará as instalações do Centro Esportivo da UFMG e do Minas Tênis Clube (unidades 1, 2, Clube Náutico e Country Clube). O Sesc Venda Nova também estará à disposição.

    “Ter a equipe britânica em Minas é uma grande chancela. Eles ainda não definiram o local de hospedagem, estão vindo frequentemente avaliar o andamento das obras do Centro de Treinamento da UFMG e outros detalhes da futura aclimatação”, afirma o secretário-adjunto de Estado de Turismo e Esportes, Rogério Romero.

    A cidade também está se preparando para receber outras delegações. “Tive ciência da Austrália, Itália, Portugal, China, Canadá, Bélgica, Japão e Estados Unidos, enfim, grandes potências esportivas com interesse em virem para cá”, diz o secretário.

    Ex-nadador com cinco Olimpíadas no currículo, Rogério sabe que não vão faltar oportunidades para disputas na capital mineira. “Estamos falando de muitas modalidades olímpicas e paralímpicas, e de quase 200 países envolvidos”.

    Esportes Aquáticos

    Apesar de estarem confirmadas para o Rio de Janeiro, as provas de vela e remo da Olimpíada de 2016 ainda podem ser transferidas para longe da cidade-sede. O motivo é a poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e da Baía de Guanabara, que preocupa tanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto os atletas.

    Para que as competições não sejam prejudicadas, será preciso criar um plano emergencial. Palco de diversas disputas em campeonatos mundiais de esportes aquáticos, a Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, pode ser uma alternativa.

    Rogério Romero afirma não ter conhecimento de que a Lagoa dos Ingleses seja o plano B para as provas. “Esta possibilidade não foi aventada, até onde sei, pelo Comitê Organizador Rio 2016”, garante o secretário.

    lagoa ingleses

    Gigante da Pampulha volta a entrar em cena

    Além de oferecer centros de treinamentos, Belo Horizonte terá um dos palcos para partidas de futebol na Olimpíada de 2016. O Mineirão receberá disputas femininas e masculinas.

    Também foram confirmadas pela Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional jogos de futebol no Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e São Paulo.

    Os duelos no Rio serão no Maracanã, a Fonte Nova recebe as partidas na capital baiana e o Mané Garrincha no Distrito Federal. Apenas São Paulo ainda não decidiu em qual estádio haverá duelos.

    Caso se repitam as fórmulas de disputas da Olimpíada de 2012, em Londres, serão 58 jogos nas duas modalidades de futebol, o que dá uma média de 11 partidas por estádio. Na capital inglesa, o torneio masculino contou com 16 equipes, enquanto o feminino teve 12.

    Com isso, aumenta a possibilidade de mais equipes virem treinar em Belo Horizonte e região, usando as estruturas de Cruzeiro, Atlético e América. Foi o que ocorreu na Copa do Mundo, quando o Chile ficou na Toca da Raposa II e a Argentina na Cidade do Galo, em Vespasiano.

    “Há a possibilidade de os clubes mineiros de futebol receberem delegações estrangeiras. Alguns países inclusive já fizeram contatos diretamente com eles”, garante Rogério Romero, secretário- adjunto de Estado de Turismo e Esportes.

    Uberlândia garante participação

    Outra cidade mineira que já garantiu participação na Olimpíada de 2016 é Uberlândia. O município do Triângulo receberá a delegação irlandesa, com atletas de nove modalidades: atletismo, badminton, ciclismo, pentatlo moderno, remo, natação, triatlo e canoagem. Três visitas técnicas já foram feitas na cidade, com o objetivo de conhecer as estruturas esportivas, hospitalares e hoteleiras. A quarta visita deve acontecer no mês que vem.

  • O aniversário e o luto

    Hoje é aniversário do meu irmão Julian. Você deve ter ouvido/lido falar dele, afinal encampou um movimento chamado Muda CBDA, cujo propósito é o mesmo do próprio nome.

    Primeiro tentou sensibilizar algum presidente de Federação a montar uma chapa de oposição. Não conseguiu, ninguém sabe ao certo porque.Talvez o sistema esteja viciado? Talvez Coaracy Nunes convenceu que não valeria a pena entrar em uma empreitada sem chance de lograr êxito? Talvez todos estejam confortáveis? Talvez, talvez…

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    Ao final do prazo para registrar canditatura para a nova eleição, juntou uma chapa de última hora com outros ex-nadadores, sendo os mais conhecidos os olímpicos Eduardo Fischer e Rodrigo Castro. Um dos objetivos, de levantar a bandeira da oposição, foi alcançado, enquanto o outro (já esperado por todos) parou na impuganção da candidatura. Fischer, também advogado, entrou duas vezes na justiça, mas seus argumentos não foram suficientes.

    O resumo da ópera é esse aí e, talvez (sempre a dúvida) como presente de aniversário, Julian colocou o site Swim It Up! de luto, como forma final (?) de protesto. As melhores opiniões vieram de ex-atletas, ambos com relatos no Ephicurus: Renato Cordani e depois um contraponto do grande Jorge Fernandes. Depois de lerem, vocês vão entender porque sou fã dos caras: as argumentações não são radicais, apenas contrárias, como deve ser numa democracia.

    Pois bem, gostaria apenas de propor alguma reflexão sobre o tema continuísmo. Recentemente tivemos uma mudança no comando da Secretaria de estado do Rio de Janeiro. Dificilmente alguém aqui sabia deste fato, mas o que tem a ver? Bem, semana que vem teremos o Laureus (sim, o Oscar do Esporte) no Rio, além dos mega-eventos. Não conheço o novo titular da pasta, mas entrar a menos de 10 dias para um evento como o de segunda e com Maracanã atrasado no seu cronograma para a Copa das Confederações não deve ser a coisa mais confortável.

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    OK, a mudança abrupta no meio político é muito mais comum, certo? E reclamamos que não há uma política de estado, e sim de governo (muitas vezes, no mesmo governo mudam-se as prioridades), o que dificulta construir algo sustentável.

    Pois bem, nas Confederações esportivas, ao menos sabemos quando são as eleições e as possíveis mudanças de comando. Aqui em Minas, por exemplo, tivemos alternância na direção de Federações nos últimos anos, e oposição em outras tradicionais – algo está acontecendo. Será apenas o oportunismo de pegar estas entidades na crista da onda pensando em ganhar algo (não necessariamente no mal sentido)? Será que os antigos presidentes não podiam mais se candidatar, mas vão voltar? Será que os anteriores cansaram, não tem nem disposição física para estar à frente?

    Aliás, para que servem as Federações? Para fazer campeonato estadual muitos só metropolitano) e votar? É isso? Será que empresas de eventos não podem fazer o primeiro e as votações serem para a comunidade esportiva (técnicos e atletas)?

    Vou parando por aqui, pois acho que já tem polêmica demais para um post, mas não antes de parabenizar o Julian, não apenas pelo seu níver mas, apesar de não concordar completamente de todas suas ações, por ter a coragem de enfrentar o sistema – e o sistema, como diria Capitão Nascimento…

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  • Sexta final: Cielo e Fratus classificam. Tri sai

    Os 200m medley tiveram 6 primeiros dos oito finalistas de 2008. Aparentemente, seria uma estagnação desta prova. E acabou sendo. Phelps tornou-se o primeiro tri da história (só tem um recorde que ele não tem, nem terá. Alguém arrisca?), dando a prata para Lochte. O húngaro Cseh confirma a grande tradição do seu país na prova, adicionando o bronze à prata de 4 anos atrás.

    Phelps e Lochte: juntos tem (até agora) 31 medalhas olímpicas, rindo! (AP)

    Thiago Pereira, voltou a sua estratégia de passar forte (pior é que fez força demais, na minha opinião) e acabou cansando. Respeitável atitude e o único brasileiro a melhorar ambas as marcas (sem maiôs tecnológicos).

    Cesar Cielo e Bruno Fratus fizeram novamente o que era necessário para passar para a grande final: nadaram muito rápido. Fratus melhorou sua marca pessoal, enquanto Cielo empatou em primeiro e já sabe que para vencer deve abaixar cerca de dois décimos. Os adversários devem ser os americanos Jones e Ervin. Gostei dos últimos 5m de Fratus e de sua declaração que o maior adversário é sua própria cabeça. O míssil Magnussen terá que mirar a piscina olímpica do Rio, pois ficou fora da final.

    Cielo e Jones: sorrisos à parte, amanhã o bicho vai pegar. (Facebook)

    Os 200m peito era dela e desta vez a zica londrina não veio. Rebecca Soni. Primeira bi em Londres. Primeira bi nesta prova. Primeira a abaixar dos 2m20s. Apesar da aparente facilidade, as 5 primeiras bateram recordes nacionais, demonstrando que os técnicos já descobriram a fórmula para nadar mais rápido sem os maiôs tecnológicos neste estilo. Suzuki deu a primeira prata para o Japão, enquanto Efimova garantia o bronze para a Rússia.

    Soni (de rosa): recorde mundial para bater o recorde asiático.

    Já os 200m costas viram a zica voltar com tudo. O americano Tyler Clary estabeleceu nova marca olímpica para bater o recordista mundial Ryan Lochte, que acabou com o bronze, pois chegou atrás do japonês Irie.

    Tyler e Lochte: 200m costas mudam de dono, mas continuam nos EUA desde 96.

    A última final viu a holandesa Ranomi Kromowidjojo repetir o feito de seus compatriotas, Inge de Bujin e Pieter vd Hoogenband, vencendo os 100m livre com uma chegada um pouco estranha. Missy Franklin saiu sem medalha desta vez, mas amanhã aparece bem para a final dos 200m costas.

    A natação já deu 23 medalhas para os EUA, mais da metade conquistada até agora.

    Hoogenband e Daniel Takata: em homenagem ao estatístico mais eficiente da natação. (Facebook)


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero