Tag: Mireia Belmonte

  • Europeu de Curta 2013

    Terminou hoje em Herning/Dinamarca a última grande competição internacional do ano, o Europeu de Curta. Com 13 recorde mundiais quebrados (segundo a organização do evento, sendo apenas um em prova individual, o restante em revezamentos), eis os destaques:

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    Efimova voou em Hering, batendo a favorita dinamarquesa Rikke Pedersen (crédito: Patrick Kraemer)
    • Os peitistas foram responsáveis pela maioria dos recordes, incluindo o mundial de Yulyia Efimova nos 200m peito (2:14.39). Antes a russa já havia batido recorde de campeonato nos 50 e 100m (semi), para depois perder por pouco da sua sempre rival lituana Ruta Meilutyte. O campeão olímpico e mundial Daniel Gyurta continua no domínio dos 200m.  O húngaro teve um final de prova matador para vencer a batalha contra o inglês James Jamieson, marcando a segunda melhor marca da história (2:00.72) e conquistando sua quinta vitória consecutiva. Recorde da comunidade britânica e alemão confirmam a onde de bons nadadores de peito.

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      Mireia comemora a melhor marca sem os maiôs tecnológicos (crédito: Patrick Kraemer).
    • A espanhola Mireia Belmonte acabou bem a temporada, vencendo 4 provas, batendo a húngara Katinka Hosszu, inclusive batendo o recorde europeu desta nos 200m borboleta (2:01.52) e chegando perto do recorde mundial nos 400m medley (4:21.23 x 4:20.85).
    • A redenção dinamarquesa veio com Mie Nielsen, 17, sendo a primeira europeia a abaixar dos 56s nos 100m costas (55.99);

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      Morozov: vestindo rosa como sua compatriota Efimova (crédito: Gianmatti Adalberto)
    • Vlad Morozov e seus 7 ouros levaram a Rússia ao topo. Sem o francês Manaudou, que alegou alguma lesão depois de detonar no campeonato nacional, ficou fácil para Morozov vencer as provas de velocidade, além de colaborar com os revezamentos.

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      A Dinamarca teve seus altos e baixos, para delírio do seu público (crédito: Patrick Kraemer).

    A Rússia venceu com facilidade (22 medalhas), mas o sistema de pontuação não foi o de medalhas, dando muitas distorções. A Espanha de Mireia, por exemplo, apesar dos 4 ouros, que daria a 3a. posição tradicionalmente, foi para um 12o. mais apropriado para alguém que depende do talento solo. Por outro lado, a Itália com a única vitória de Federica Pelegrini ficou em segundo na pontuação e apenas 10o. pelas medalhas.

     

  • WC2013 Berlim: a mulherada continua detonando

    Dos 10 recordes mundiais estabelecidos nas duas primeiras etapas do circuito Copa do Mundo, apenas um foi masculino. Do lado feminino, além dos recordes, algumas quebras de barreiras.

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    Belmonte: a primeira a nadar na casa dos 7 minutos.

    A espanhola Mireia Belmonte foi o destaque em Berlim, batendo dois recordes mundiais nos 400m livre (3:54.52) e nos 800m livre, neste último sendo a primeira a abaixar dos 8 minutos na distância com 7:59.34 e a primeira do seu país a ter um recorde mundial.

    Katinka Hosszu continua sua epopeia nas piscinas, batendo seu sexto recorde mundial, agora nos 400m medley, com 4:20.85. Com sua performance, já garantiu 114 mil dólares.

    O recorde europeu de Rikke Pedersen nos 200m peito (2:15.93) acabou ficando em segundo plano, assim como alguns bons recordes nacionais.

    Agora o Troféu José Finkel, mas sem Cielo…

     

  • Seletiva Americana: Phelps classifica em ao menos 7, como Franklin.

    A seletiva praticamente acabou. Hoje à tarde teremos as finais dos 50m livre feminino e os 1500m livre masculino, que acrescentam no máximo 4 atletas.

    E o duelo em Omaha foi melhor para Phelps. O adversário de Lochte nos 200, 400m medley e nos 200m livre acabou se classificando nos 100 e 200m borboleta. Além das provas individuais, ele pode nadar os 3 revezamentos. Lochte bem que tentou garantir uma das duas vagas nos 100m borboleta (e, com isso, nadar o revezamento medley), ficou próximo, mas não o bastante – afinal, Phelps e Tyler McGill fizeram as duas melhores marcas do ano! Assim, a quarta melhor marca não vai competira nesta prova em Londres.

    O nerd do lado de Phelps é McGill.

    O revezamento 4×100m livre é a grande incógnita para ambos, pois eles não nadaram a prova, mas o regulamento americano permite que em Londres sejam convocados. Além disso, na coletiva, Bob Bowman deixou claro que o programa olímpico de Phelps pode mudar.

    Já a nova versão feminina de Phelps, Melissa Franklin, classificou-se para os 100 e 200m livre e nos 100 e 200m costas, além dos 3 revezamentos.

    Ledecky: pronta para colocar água no chá inglês.

    E Rebecca Adligton terá uma adversária à altura nos 800m livre para tentar impedir o bi em casa. A menina (15 aninhos) Kathleen Ledecky fez a segunda marca do ano e pode virar o pesadelo de Adligton.

    Errata (by Daniel Takata): o campeão olímpico em Sidney, o sueco Lars Frolander também vai para sua sexta olimpíada consecutiva.


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero