10 vezes no topo do Pan

Alguém sabe porque D. Rose (mãe de Thiago) não presenciou este momento? Foto: Satiro Sodré.

Sua estreia em Jogos Panamericanos não foi exatamente como o fluminense Thiago Pereira esparava. A prova, os 200m peito. A colocação, aquela que nenhum nadador gosta: quarto. Ele saiu decepcionado (para não usar a palavra p*) da piscina da República Dominicana. Sim, estamos falando de 8 anos atrás, Santo Domingo-2003. Lá ele iniciaria sua coleção de medalhas, mas não a dourada. Saiu com uma prata e um bronze.

Guadalajara-2011, o corintiano disputa sua melhor prova, os 200m medley, para tornar-se o maior medalhista brasileiro. Mas a vitória não veio tão fácil quanto eu imaginava. O americano Conor Dwyer abaixou 2s da sua melhor marca para apertar – mas nem tanto – Thiago. Depois eles voltariam à piscina, com Dwyer abrindo o revezamento 4×200m, com uma vantagem que só foi ampliando, deixando a equipe brasileira sem o bi, mas mantendo o recorde do Rio e a prata.

Henrique Rodrigues, apesar da memória de um sanduíche estragado, ficou com um honroso bronze.

Joanna: não dá para trocar dois quartos por um bronze? Foto: Vipcomm

Joanna Maranhão acabou naquela colocação que nenhum nadador gosta: quarto. Apesar da decepção, ninguém pode reclamar do seu desempenho até aqui. Kim Vanderberg, americana que tem comparecido nos últimos campeonatos brasileiros, foi a vencedora.

Seis centésimos. Tentem pegar esta marca em um cronômetro qualquer. OK, antes que estraguem e mandem a conta para mim: não vão conseguir. Pois foi este tempo que separou a chilena Kristel Kobrich de alcançar o recorde panamericano. A mais longa prova feminina no Centro Aquático Scotiabank, os 800m livre, durou mais de 8 minutos e meio. O prêmio foi dar o primeiro ouro ao seu país. Ela também é uma figurinha carimbada nos campeonatos brasileiros. No último ano, por exemplo, teve o melhor desempenho técnico e também foi a que mais pontuou.

Kobrich: depois do bronze nos 400, ouro nos 800. Crédito: El Mercúrio

Kobrich: depois do bronze nos 400, ouro nos 800. Crédito: El Mercúrio

As americanas Kendall e Erndl iniciaram a noite ficando com o ouro e prata nos 100m livre, negando outro bi, o da venezuelana Arlene Semeco. Esta perdeu um pouco do brilho dos dois ouros panamericanos (50 e 100m livre no Rio), pois só subiu uma posição após a desclassificação de Rebeca Gusmão. Tatiana Lemos acabou em sétimo.

Sem recordes do Pan, a reclamação do dia é para o barulho das arquibancadas, que acaba atrapalhando a concentração e até ouvir a saída.


Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero

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