Doping no Brasil: as punições

O painel de doping da CBDA se manifestou nesta terça, e as penas foram fortes.

Glauber Silva perde o direito de ir às olimpíadas e foi suspenso por dois anos (pena máxima), por ter níveis de testosterona acima do permitido. Pelo que li, vai apelar, mas não deve ter tempo para treinar e concentrar na sua defesa.

Flávia Delaroli Cazziolato esqueceu de citar um remédio e pegou 3 meses. Segue seu pedido de desculpas (algo raríssmo, diga-se de passagem):

Em respeito à minha família, ao Esporte Clube Pinheiros, às organizações de controle antidoping, às confederações e aos profissionais do esporte nacional, peço desculpas pelo meu equívoco. Apesar da constante preocupação em me certificar quanto à permissão do uso de qualquer medicação antes do início de um tratamento, cheguei, por vários motivos, à conclusão errada de que o medicamento seria sempre seguro. Aproveito a oportunidade para alertar aos atletas da importância de anualmente checar se continua válida a permissão do uso de todos os medicamentos que estejam sendo ingeridos, já que esta é a frequência com que a lista é atualizada. “

Pâmela Souza testou positivo pela agora conhecida furosemida, substância que causou problemas para os nadadores do PRO16, incluindo Cesar Cielo, que foi absolvido depois de um desgastante processo.

As punições são outra efeito colateral do uso indevido de substâncias proibidas.

Enquanto isso, vários atletas se manisfestaram na rede, inclusive de outros países. E a impressão deles é que o Brasil não está conseguindo lidar com a questão do doping. Não chega a ser uma verdade absoluta, pois atletas do mundo inteiro foram flagrados, mas o sinal amarelo continua, afinal os números estão contra nós.

Para finalizar, um pedido do medalhista olímpico, Fernando Scherer:

Xuxa está pedindo: por favor gente.

“Gostaria de fazer um:

PEDIDO

Não queria falar sobre esse assunto, mas acho que devo fazer para o bem do nosso esporte, a NATAÇÃO.
O esporte é feito de momentos que podem marcar nossas vidas nas vitórias e também nas derrotas.
Podemos sim ter dúvidas quanto a uma vitória, será que esta pessoa está ou não dopada? Para isso temos o exame, para sanar nossas dúvidas.
O brasil neste no período de 2011 a 2012 teve 9 testes positivos. Não vem ao caso: quem e porque, inocente ou culpado, com interesse de performance ou simplesmente um equívoco (remédios comuns).
O que me importa agora é a credibilidade do esporte para o mundo. Muitos tem chances de medalhas olímpicas, que podem ser questionáveis, não com uma pergunta mas com uma afirmação: Do Brasil, devem se dopar.
Vamos deixar todo nosso treinamento e sonhos irem por água abaixo e sermos comparados com a CHINA em 1994?

Torço para que não e a todos os atletas peço por gentileza:

1-não façam uso de remédios sem consultar o medico da FINA ou da seleção,
2-se acharem que precisam de algo para: vencer, ser mais forte, mais capacidade aeróbia, potência, resistência e recuperação. Treinem, treinem, treinem, treinem, treinem e descansem,
3-se precisar fazer uso de esteroídes, hormônios e qualquer tipo de substância ilegal para um ganho físico e de performance, aqui vai meu conselho e pedido: PARA DE NADAR antes que seja tarde d+.

A natação brasileira esta ficando marcada com tudo isso e esta na hora de parar. tudo isso vai prejudicar a todos os que vieram, os presente e os futuros nadadores brasileiros. Logo em breve podemos tomar uma suspensão e o sonho de muitos serão prejudicados por seu egoísmo, então: APRENDA A PERDER.

OBRIGADO

Fernando Scherer”


Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero

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