No mundo corporativo, existem aquelas empresas que focam em negócios e públicos específicos, se especializam para pode atender melhor seus clientes.
A FINA vem tentado inovar nos últimos anos. Impulsionada pelo COI, que criou as Olimpíadas da Juventude com algumas provas não convencionais, a Federação internacional de Natação começou a experimentar em seu calendário o revezamento misto. Com isso, marcas mundiais começaram a ser estabelecidas e quebradas em uma velocidade incrível.
A prova tem suas vantagens – vamos voltar ao corporativo – competitivas. Primeiro, ao contrário de um revezamento 4×100 medley onde obviamente o melhor de cada estilo é automaticamente convocado, num 4×50 medley a soma dos tempos das nadadoras com a dos nadadores é apenas um dos fatores na estratégia. Além disso, a provável alternância de liderança também é desejável em qualquer disputa esportiva. Em tese, os melhores vão continuar ganhando, mas a chance de errar na ordem do revezamento é maior aqui, pois os técnicos ainda não atingiram a maturidade nesta prova.
Então acerta a FINA? Segundo o holandês voador, Pieter vd Hoogenband, não. O campeão olímpico fez duras críticas ao dizer que enviou algumas contribuições para a entidade máxima da natação, mas não teve qualquer retorno (especificamente sobre este assunto, voltarei a falar mais tarde). Uma delas era justamente enxugar a programação. Quem sabe assim, mais dinâmico e apropriado para a – principalmente – televisão, não ajudasse a popularizar ainda mais o esporte?
Popov e Hoogenband: podem ajudar a natação fora das piscinas também.
Quem está certo? Só o tempo dirá. Mas o mais importante é que o debate está aberto, as propostas estão sendo colocadas em prática e existem pessoas dispostas a colaborar.


Finalmente vejo alguém de peso dizer algo que há décadas venho dizendo.
Precisamos enxugar a programação!!!
A natação não desperta mais interesse com programas de cento e tantas provas, com muitas categorias e séries juntas.
O “público”, quando tem, é formado pelos nadadores – jogados nas arquibancadas – e alguns familiares, que vão saindo a medida que os seus nadam…
Somente com programas enxutos, com poucas séries e os melhores nadadores focando nos melhores resultados e não em pontinhos de até 16o lugar para seus clubes, vamos poder resgatar o interesse pela natação competitiva.
Enquanto isso, vamos muito bem, obrigado, com a natação elementar desde os bebês até os adultos, nadando para a segurança, o lazer e a saúde e, FUGINDO DAS COISAS CHATAS, QUE SÃO AS COMPETIÇÕES DE NATAÇÃO NO BRASIL E, PELO JEITO EM MUITOS PAÍSES.
Grato pelo comentário Nikita. Conforme coloquei, não existe uma fórmula mágica nem que agrade a todos. Apenas uma coisa é certa: novos esportes estão chegando – além de outros concorrentes como os jogos eletrônicos – e se a natação não se reinventar vai ser difícil.
Reinventar significa novas fórmulas que, independente do quanto se pesquise, tem resultados incertos.
Abraço.