Quem quiser ver Cristiano Ronaldo ou Messi, mesmo num campeonato nacional polarizado entre as duas equipes que representam, vai ter que pagar no mínimo 224 reais até mais de 5 mil! Alguém pode justificar que um jogo entre os melhores do mundo vale a pena e pelo jeito apenas 200 sócios não pensam assim e preferem colocar seus ingressos à venda (fora os cambistas, claro).

As Olimpíadas de Londres tiveram uma procura de 1,8 milhão para a final dos 100m rasos (leia-se: Usain Bolt). Estádios lotam para ver os astros das ligas americanas. F1 (Nascar, Stock Car e outras corridas) e UFC também tem o seu glamour, atraindo uma legião de fãs fiéis.
Diria que a natação está em um estágio intermediário dentro do interesse do brasileiro comum, muito por conta dos resultados nas últimas olimpíadas, quando saímos com medalhas. Thiago Pereira e Cesar Cielo são conhecidos e reconhecidos, mas a seleção não depende apenas dos resultados deles. Temos atletas treinando nos Estados Unidos sim, como sempre, e fazendo sucesso lá, mas nadadores espalhados por clubes (poucos) em alguns estados auxiliam no disseminação do interesse.

E assim chegamos ao melhor tempo do mundo nos 50m livre feito no Campeonato Metropolitano, no Minas Tênis Clube, entrada gratuita. Quem diria? Não posso acreditar nem que o próprio Cielo imaginava algo assim logo nos seus primeiros dias em Belo Horizonte. Talvez uma boa esperança após o bom resultado nos 100m livre no dia anterior, mas brindar o público que compareceu ao Parque Aquático com 21.74 foi demais. Ninguém poderia prever um início mais promissor.

A FAM, para ficar apenas na Federação, tem condições de capitalizar um pouco também neste momento único da entidade. Quem sabe até conseguir alguns patrocinadores para alavancar a modalidade no estado? Afinal, apesar do resultados de nível internacional, a competição não oferecia nem medalhas para os melhores colocados…
Veja aqui o melhor tempo do mundo.
E isso mesmo Rogerio, boa colocação, a FAM pode capitalizar mais. Deve mudar a ordem das provas no metropolitano, Cielo nadou 50 borbo às 10:30 da noite, o Minas já estava fechado. Tem que colocar as provas dele no início, não precisa ser a primeira prova, mas na primeira meia hora, fazer propaganda, encher a arquibancada.
Caro João Bosco!
Desculpe mas os critérios não poderiam ser mudados, pois teríamos um público realmente maior se as provas em que o Cielo nadasse fossem as primeiras.
Mas e os outros atletas(muitos com grande potencial) das últimas provas nadariam para um público diminuto, pois após as provas do campeão olímpico muitos com certeza não esperariam o que tiraria a motivação, concorda?
Sou árbitro da Federação Aquática Mineira de 1999 até agora e acho que o critério tem que ser igualitário.
Um abraço
É isso mesmo, Nilton. Mas também não dá para pensar que uma competição tenha 3,5h e reclamar que não temos público.
Existem sim outras maneiras de ativar a presença de um nadador do porte do Cielo, sem comprometer os demais atletas.
Ou ainda melhor, João, ter os horário previstos para as provas. Desta maneira, tanto os nadadores quanto a torcida (ou família) podem se organizar melhor para acompanhar as provas. Além disso, tornar o torneio mais dinâmico, rápido e com entretenimento. Por último, aproveitar a divulgar as próximas competições. Enfim, uma grande oportunidade para todos os envolvidos.
Rogério!
Você sabe que tem meu apreço como o grande atleta em sua época e agora como cidadão antenado e interessado no presente e futuro da natação mineira.
Sabemos que o valor dado ao nosso esporte não é o que o mesmo merece, mas fico feliz quando vejo pessoas como você apoiando e dando sugestões para a melhoria e evolução com total conhecimento de causa.
Abraço.
Nilton, sou suspeito ao falar de esporte, pois entendo muito bem o quanto ele pode ser benéfico.
Neste caso, acredito que devemos aproveitar mesmo a presença do Cielo.
Abraço