Tag: Etiene Medeiros

  • Terremoto japonês para le Clos

    O destaque maior da etapa da Copa do Mundo em Tóquio foi o recorde mundial nos 50m peito da russa Yulia Efimova (27.71), abaixando 9 centésimos do tempo da americana Hardy.  Numa forte temporada das peitistas, que se duelaram com recordes mundiais e pelos títulos, quem sofreu desta vez foi a jamaicana Alia Atkinson. Antes invicta nesta prova no circuito, a nadadora que treina na Flórida perdeu, mas para o melhor tempo do mundo… O recorde vinha da era dos maiôs tecnológicos, de 4 anos atrás.

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    Alia com Yuliya: qual sorisso está mais natural? (foto: L’Equipe)

    Ainda tivemos mais recordes mundiais e medalhas para o Brasil, todas em provas não olímpicas, com Etiene Medeiros (ouro! nos 50 costas, igualando o recorde sul-americano de Fabiola Molina), Nicholas Santos (prata nos 50 borbo) e Guilherme Guido (bronze nos 50 costas), além dos dois revezamentos mistos.

    Mas apontaria Kosuke Hagino com outro grande destaque. Ao vencer em casa com recorde do circuito os 1.500 e depois bater o Rei da Copa, Chad le Clos, nos 200m medley, ele se consolida como mais uma tendência dos nadadores super-versáteis.

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    Etiene: dourada no Japão. (Facebook)

    Mas o maior adversário dos nadadores foi um terremoto de 5.5 graus, que acordou a todos e repercutiu pelas redes sociais. Nicholas brincou um pouco enquanto Le Clos pensou que seu companheiro de quarto estava brincando com sua cama, quando lembrou que estava sozinho… Será que Hagino, mais acostumado aos tremores, levou a melhor por conta disso?

  • BCN 2013 finais 5: Thiago quebra tabu e cai mais um recorde mundial

    Apenas no seu quinto mundial Thiago Pereira conseguiu uma medalha e por apenas um centésimo que ela não foi de prata. Os 3 do pódio olímpico dos 400m medley (Ryan Lochte e Kosuke Hagino) se reencontraram, invertendo as posições do brasileiro com o japonês. E esta medalha já transforma Barcelona na melhor campanha brazuca, mas aguardamos por mais!

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    Thiago Pereira: pode morder que é de verdade.

    Ou ao menos bons tempos e colocações, como o 4o. de Etiene Medeiros nos 50m costas, que apesar de ter uma troca de última hora dos seus óculos, deu sua melhor marca e melhor posição na história da natação feminina brasileira.

    Marcelo Chierighini esteve em uma disputa que pela primeira vez viu 4 atletas (sem trajes) nadando na casa dos 47s. Ficou numa honrosa 6a. colocação na prova que deu o bicampeonato para James Magnussen. Mas apesar de uma temporada perfeita nesta prova, os americanos venderam caro, o que valorizou ainda mais sua vitória, após mais uma decepção para seu currículo no revezamento 4x100m livre. Quem assustou a todos foi o missil russo Vlad Morozov, com a passagem mais rápida da história (21.94) vai ser páreo duro para um tri inédito nos 50m livre de Cesar Cielo.

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    Magnussen joga a responsa agora para sua compatriota Cate Campbell ganhar amanhã os 100m livre também.

    O dia foi completo com mais um recorde mundial nas semifinais dos 200m peito, com Rikke Pedersen (2:19.11) tornando-se a primeira recordista mundial dinamarquesa desde 1956! E também mais uma dourada para Missy Franklin – não vai perder as contas: são 4. Ah, e o mesmo revezamento que deu ouro para a americana, deu prata para… Alicia Coutts!

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    Pedersen: combinando cor da unha com elástico dos óculos (O Yakult veio de brinde).

     

     

  • BCN2013 finais 4: mais finais para o Brasil

    João Gomes Junior e Leo de Deus nadaram as finais de hoje, ficando em 5o. e 8o. nos 50m peito e 200m borboleta. O primeiro ficou a 16 centésimos do bronze, enquanto o segundo sentiu o final.

    Nas semi, Thiago Pereira, Marcelo Chierighini e Etiene Medeiros fizeram 3 das 4 finais possíveis para amanhã. Apenas Henrique Rodrigues não conseguiu passar nos 200m medley. Os 3 tem chances de medalhas!

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    Chierighini: amanhã volta para manter a tradição brasileira na prova nobre da natação.

    Chad le Clos ficou conhecido por bater Phelps ano passado nas olimpíadas, justamente em uma prova onde o americano não conhecia a derrota a mmmmmuito tempo, os 200m borboleta. Hoje o sul-africano entrou como favorito, mas acaba sendo até um mau exemplo para os nadadores mais jovens, por sua técnica e pela sua displicência ao nadar olhando para os dois lados. Chega a ser até uma falta de respeito com os adversários, pois dá impressão que ele está apenas controlando para chegar na frente e que é muito superior aos demais. Suas atitudes e entrevistas não demonstram isso, mas quero ver a dificuldade de um técnico querer corrigir seu nadador que está olhando para o lado agora…

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    Meninos: não tentem isso no seu treino.

    Chega a ser até uma falta de respeito com os adversários, pois dá impressão que ele está apenas controlando para chegar na frente e que é muito superior aos demais. Opa, eu já escrevi isso antes… Mas Sun Yang realmente “cozinhou” o restante nos 800m livre, para só distanciar nos últimos 100m.

    Missy Franklin desistiu de oito medalhas (saiu dos 50m costas), mas teve um aproveitamento de 100% até o momento, com sua vitória nos 200m livre.

     

  • Troféu Maria Lenk: equipe para Mundial aumenta

    Os brasileiros são muito velozes nos 50m, não apenas no livre, mas em todos os estilos. Isso pode ser comprovado pela grande quantidade de nadadores entre os top 10 do ranking mundial. Daniel Orzechowski fez um rápido 24.68, logo de manhã, para garantir a vaga e também o segundo tempo do ano na prova. Já Guilherme Guido não teve a mesma sorte e por dois centésimos não conseguiu o índice de 24.81.

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    João Gomes, entre felipe Lima e Henrique Barbosa, que tiraram sua vaga olímpica ano passado. (crédito: Satiro Sodré)

    No feminino, já garantida para Barcelona, Etiene Medeiros estabeleceu nova marca do campeonato com 27.88, chegando a mais de 1s das demais.

    Nos 100m peito, domínio do Pinheiros na prova com Beatriz Travalon (1:09.32) e João Gomes Jr (1:00.21), este dois centésimos na frente de Felipe Lima, do Minas. Ambos conquistaram a vaga para o Mundial.

    Nos 200m borboleta, facilidade para Joanna Maranhão (2:10.27) enquanto Leonardo de Deus travou um combate com Kaio Márcio… até os 150m, quando o primeiro se distanciou e fez o índice com 1:56.85.

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    Joanna: bronze no Pan, brigando apenas com ela mesmo nos 200m borbo. (Crédito: Satiro Sodré)

    Na última prova do dia, os 800m livre, domínio do Minas com Juan Pereyra 7:59.47 e Marcos Oliveira (8:02.85), dando mais pontos importantes para o clube mineiro que continua na dianteira com 1.314 pontos. Boa disputa pelo segundo, entre Pinheiros (993) e Corinthians (989).

     

  • Vinte oito anos depois: outra prata que vale prata

    A foto do dia: Thiago foi, Phelps não. (AFP)

    Vinte e oito anos depois, lá estava eu, vibrando com mais uma prata nos 400m medley. Mas, enquanto em Los Angeles a medalha parecia quase que uma obrigação para o ex-recordista mundial Ricardo Prado, 2012 viu uma superação difícil de se prever:  Thiago batendo Michael (alguém fez muita grana  apostando que Phelps não levaria medalha).  Ao contrário também de 1984, a tecnologia estava a meu favor, ainda bem, pois tanto as eliminatórias quanto as finais “vi” pelo Twitter! Posso garantir, a emoção é diferente, mas senti falta da boa e velha televisão.

    Sun Yang: atenção, não deem o zoom.

    Já os 400m livre viram o chinês quase bater o recorde mundial, enquanto o sul-coreano teve que recorrer para o tapetão para poder garantir sua prata. Nesta hora é inevitável repetir o comentário “se fosse no Rio, mas em Londres?”  Erros acontecem… Vida longa para Sun Yang, que abaixou o recorde olímpico de Ian Thorpe.

    Sua compatriota fez o que ele não conseguiu, bateu o recorde mundial. Shiwen Ye fechou os últimos 50m mais forte que Ryan Lochte!

    Shiwen Ye: ela está feliz. (AP)

    Finalizando as disputas, prova disputada no revezamento 4×100m livre feminino, com a melhor para as australianas, mesmo com o forte final da Holanda. O bronze americano deu à Natalie Coughlin (que nadou pela manhã) o título de nadadora mais medalhada da história: 12, com outras duas americanas.

    O destaque do dia foram os asiáticos, saindo com 5 das 9 possíveis.


    Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero