Categoria: Barcelona 2013

  • Anápolis x Barcelona

    Hoje saíram alguns números da natação.

    Enquanto a FINA comemora os recordes atingidos com as inscrições do Mundial de Barcelona (2.293 atletas de 181 países!), a CBDA deve estar preocupada com os do Campeonato Interfederativo Júnior de Anápolis. A tradicional competição da cidade goiana teve o inexpressivo número de 165 atletas de apenas 12 estados.

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    B, mostrando o ABC de como promover um evento para A.

    O que será que aconteceu para a competição que atraiu Cesar Cielo, Henrique Rodrigues e Felipe Lima (apenas para ficar em alguns nomes olímpicos) perder o seu brilho? Crise financeira com outras alternativas mais baratas? Dificuldade de chegar numa cidade do interior? Falta de perspectiva para quem participa? Todas as anteriores?

    Mas então devemos ter competições apenas nas capitais? E do Sudeste, onde a concentração de atletas é maior?

    Gosto da estratégia de tentar interiorizar, afinal um evento como este em São Paulo provavelmente não teria nenhuma nota na imprensa local, ao contrário do que acontece no interior. Além disso, acredito que isso ajuda a impulsionar a natação, levando grandes nomes ou mesmo sendo palco para novas estrelas.

    De qualquer maneira, os números devem ser discutidos, analisados, para tentar manter as cada vez mais raras competições de natação de porte fora do eixo RJ x SP x BH x BSB.

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    Afinal, o que será de outra tradicional competição, o Chico Piscina, em Mococa?

  • Piscina temporária quase cheia em Barcelona

    Enquanto temos dificuldades em manter as poucas piscinas permanentes, alguns dos maiores campeonatos de natação são disputados em arenas com piscinas montadas especialmente para isso.

    O princípio parece simples: em vez de gastar dinheiro com uma arquibancada temporária (ou, pior, com uma arquibancada permanente enorme que nunca mais vai encher), investe-se na piscina temporária em um local onde o restante da estrutura já está feito e pronto para receber qualquer evento, cultural ou esportivo.

    O próprio Palau Sant Jordi dá sentido ao termo Arena multifuncional. Sediou final olímpica, mundial de atletismo (indoor), europeu de basquete, além do próprio mundial de natação 10 anos atrás…

    Agora, em termos de inovação, acho que ninguém conseguiu ainda bater a piscina em plena Copacabana, e já temos 18 anos deste feito!

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    Palau Sant Jordi: palco do ouro do vôlei brasileiro em 92 (EFE).

     

  • Barcelona 1992-2003-2013

    Publicado em 03/07/2013, aqui

    A cerimônia de abertura do Mundial de Barcelona ocorre daqui 16 dias, e o primeiro evento de natação, no dia 20, é a prova de águas abertas dos 5 km. Entre os competidores, estarão a húngara Eva Risztov e a alemã Angela Maurer

    As experimentadas nadadoras estão entre os atletas que estarão neste mundial que também disputaram a edição de 2003, que também aconteceu em Barcelona. O que nos faz pensar: quem esteve na capital catalã há 10 anos e que estará de volta este ano?

    Indo um pouco mais longe, em 1992 Barcelona sediou os Jogos Olímpicos. Alguns nadadores que nadaram aquela Olimpíada estiveram de volta em 2003 para nadar o Mundial. Exemplos notáveis são o russo Alexander Popov e o brasileiro Gustavo Borges, campeão e vice dos 100m livre, que também nadaram 10 anos depois – o mundial de 2003, inclusive, representou o último grande momento de Popov, que a exemplo de 1992 conquistou os 50m e 100m livre.

    Além de Popov, somente outras duas atletas medalharam nas duas competições. A americana Jenny Thompson, vice-campeã olímpica nos 100m livre em 1992, foi um dos destaques de 2003, ao vencer os 100m borboleta. A alemã Jana Henke foi bronze nos 800m livre em 1992 e terminou na mesma posição nos 1500m livre 11 anos depois. Mas alguns destaques de 2003 já nadavam em alto nível em 1992 e competiram aquela Olimpíada, como a holandesa Inge de Bruijn (ouro nos 50m livre e borboleta), a eslovaca Martina Moracvoca (prata nos 200m livre e bronze nos 100m borboleta), a espanhola Nina Zhivanevskaya (ouro nos 50m costas) e o britânico Mark Foster (prata nos 50m livre).

    Além de Gustavo Borges, somente outro brasileiro nadou em 1992 e 2003: Rogério Romero.

    Por isso, é de se esperar que algumas estrelas de 2013 tenham competido em 2003 e até medalhado naquele campeonato. Senão vejamos.

    Talvez o maior astro de 10 anos atrás que competirá este ano é o japonês Kosuke Kitajima. Em 2003, ele teve sua primeira grande performance em nível mundial, ao vencer os 100m e 200m peito com recordes mundiais. Hoje, é um dos maiores nadadores da história do nado de peito, único a vencer os 100m e 200m em dois Jogos Olímpicos. Este ano, irá para Barcelona a princípio para nadar o revezamento 4x100m medley. Ele não alcançou o forte índice estabelecido para a federação japonesa na prova individual, mas como estará lá, poderá ser inscrito. E, uma vez na prova, não pode ser ignorado como candidato ao pódio.

    A húngara Eva Risztov também foi um grande nome da competição de 2003, ao conquistar três medalhas de prata (400m livre, 200m borboleta e 400m medley). Após alguns anos sem nadar, voltou em 2011 para nadar águas abertas e acabou sendo campeã olímpica dos 10km em Londres. Em Barcelona, a princípio, tentará o título nas três provas de águas abertas (5km, 10km e 25km). Há 10 anos, ela nadou algumas das provas mais duras na piscina do Palau Saint Jordi. E agora se prepara para nadar distâncias ainda mais longas.

    O húngaro Laszlo Cseh e o tunisiano Oussama Mellouli dividiram o pódio nos 400m medley em 2003, atrás de Michael Phelps. Hoje, são consagrados: Cseh tem quatro medalhas olímpicas e Mellouli é o único nadador campeão na piscina (1500m em 2008) e nas águas abertas (10km em 2012). Cseh novamente será um dos candidatos ao pódio nas provas de medley, e Mellouli tentará ter sucesso nos 5km e 10km. Cseh relembra que era um jovem deslumbrado em 2003 que nem notou que a piscina construída no Palau Saint Jordi era temporária (“achei que fosse um complexo aquático fixo”) e que teve problemas antes dos 400m medley: “Sentia uma dor enorme no ombro e nem consegui aquecer. Por isso foi uma surpresa muito grande quando terminei a prova atrás somente de Phelps e muito perto do recorde mundial. Este ano espero ter outro verão maravilhoso em Barcelona.”

    A americana Natalie Coughlin era a melhor nadadora do mundo e deveria ter sido grande destaque em 2003. No entanto, uma doença justo durante o Mundial lhe privou de muitas conquistas (conquistou somente medalhas com revezamentos). Mas nos anos seguintes se tornou a maior medalhista olímpica na natação feminina e este ano irá para Barcelona para nadar os 50m livre.

    O francês Frederick Bousquet não foi medalhista individual em 2003, mas sua performance no revezamento 4x100m livre chocou o mundo: fechando para 47s03 (apenas um centésimo acima da melhor parcial da história na época, de Pieter van den Hoogenband), tirou a França de um sétimo lugar e conquistou um improvável bronze. “Pieter Hoogenband e Alexander Popov vieram me parabenizar. Foi maravilhoso!” Hoje, é um dos melhores velocistas do mundo (já foi recordista mundial dos 50m livre) e terá em Barcelona chances de medalha nos 50m livre e borboleta. “10 anos depois, ainda estou na seleção francesa e irei disputar meu sexto mundial. Nada mal!”

    Os russos Arkady Vyatchanin e Evgueni Korotyshkin foram duas revelações da forte equipe que a Rússia apresentou em 2003. O primeiro foi  prata nos 100m costas e o segundo, bronze nos 50m borboleta. “É a medalha mais bonita que já vi”, diz Korotyshkin. “Estava no começo da minha carreira internacional e foi lá que percebi que amava a natação.” Hoje, ambos são medalhistas olímpicos: Korotyshkin foi prata nos 100m borboleta em Londres-2012 e Vyatchanin foi bronze nos 100m e 200m costas em 2008. Este ano, em Barcelona, Vyatchanin brigaria por pódio, mas resolveu não nadar devido a desavenças com a federação russa e está à procura de outra nacionalidade. Korotyshkin estará lá e, com a aposentadoria de Michael Phelps, será um dos mais fortes candidatos ao ouro nos 100m borboleta. “Barcelona sempre será um lugar especial para mim, e darei meu melhor no próximo Mundial.”

    Hanna-Maria Seppala, finlandesa campeã mundial dos 100m livre em 2003 aos 18 anos, voltará a Barcelona, mas desta vez sem muitas chances de chegar ao pódio. A alemã Angela Maurer, pelo contrário, foi prata nos 10km e bronze nos 25km há 10 anos e ainda está entre as melhores do mundo.

    Entre os brasileiros, dois faziam suas estreias em Mundiais em 2003, e hoje já estão entre os melhores nadadores da história do país. Na ocasião, Joanna Maranhão terminou sua especialidade, os 400m medley, na 15ª posição. Evoluiu tremendamente em um ano para conquistar a quinta colocação nos Jogos Olímpicos de Atenas. Hoje, continua como a melhor nadadora do país. Thiago Pereira teve como melhor performance a 18ª posição nos 200m medley, superando o recorde sul-americano da prova. A exemplo de Joanna, foi quinto colocado em Atenas.

    Hoje, Thiago é medalhista olímpico, recordista brasileiro de medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, campeão e recordista mundial em piscina curta… “O Mundial será especial pra mim. Em 2003, fiz a minha estreia na competição. Era um momento diferente, pois tinha acabado de sair do juvenil e pude interagir com os melhores da natação”, disse Thiago durante o Troféu Maria Lenk, em maio, ressaltando a importância daquele campeonato para ele.

    Joanna e Thiago esperam agora fazer o que fizeram, por exemplo, Inge de Bruijn e Mark Foster em 2003: brilhar em Barcelona uma década depois de lá estrearem.

    (as declarações dos nadadores estrangeiros foram concedidas à ultima edição da revista da Fina)

    Por Daniel Takata

  • Barcelona: a nova fronteira?

    Festa pela escolha pelo direito de sediamento. Festa para mostrar quem serão os embaixadores do evento. Festa faltando 100 dias. Sucesso de vendas nos ingressos – online. Apresentação oficial das medalhas com atletas saindo de dentro da piscina com elas. Patrocinadores apoiando e ativando. Produção de fotos, canção e vídeo oficial. Merchandising com vários produtos licenciados. Sucesso com a escolha de 4 mil voluntários. Concurso para escolha do Mascote. Enfim, várias ações de promoção do evento esportivo.

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    Apresentação do tênis e uniforme das 17 voluntárias que farão as premiações já não é demais?

    Não, não estou falando de nenhum grande evento da FIFA ou COI, e sim da FINA, ou, mais especificamente, da organização de Barcelona (sempre ela) para o Mundial de Esportes Aquáticos. Na verdade, a cidade acabou sendo beneficiada. A FINA abriu um processo de candidatura, que começou no final de 2008 e culminou com a escolha de Dubai no meio de 2009, mas esta declinou em Maio de 2010. Na correria, o novo processo foi bem mais célere (apenas dois meses) e Barcelona, que nem havia pleiteado em 2008, acabou sendo a escolhida.

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    Apresentação dos embaixadores: ex-atletas continuam a serviço do esporte.

    Veja aqui, a recente convocação da equipe de maratonas aquáticas brasileira.

    Obviamente contou à favor da cidade catalã o fato de todos os equipamentos já estarem prontos, afinal, além das Olimpíadas de 1992, eles já foram sede a 10 anos atrás deste mesmo Mundial. Isso, e o fato deles sediarem diversos eventos em todas as áreas, deve ter colaborado um planejamento bem estruturado com todas estas ações.

    Será que a russa Kazan vai manter este padrão em 2015?

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    O mascote Xop, apresentado ano passado, uma gota d’água inspirada nos mosaicos de Gaudi.
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    O objeto de desejo.

    Acompanhe o vídeo oficial:

    [youtube id=”snDgzgLmWoo”]

     

     

     

     

  • Seletiva americana: cai recorde americano e de Phelps

    Rachel Bootsma bateu o primeiro recorde americano na seletiva americana para o Mundial. O tempo de 27.68 nos 50 costas abaixa 12 centésimos da marca de Hayley McGregory, de 5 anos atrás.

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    Bootsma, 19 com carinha de 15.

    O outro recorde a mencionar da noite não veio da série dos vencedores dos 100 borboleta. Apesar de Eugene Godsoe ter derrotado Ryan Lochte e feito a 4a. marca do ano, foi na final B (disputa entre o nono e décimo-sexto) que Justin Lynch talvez comece a fazer história, ao retirar o nome de Michael Phelps do recorde da idade (15-16) na prova, com seu rápido 52.75. Lembrando que nesta idade, Phelps já disputava sua primeira olimpíada, ficando em quinto nos 200 borboleta.

    Outro jovem que deseja estar no Rio daqui a 3 anos é Ryan Murphy, cujo recorde da idade (17-18) nos 100 costas é 7 décimos mais rápido que o segundo no ranking. – isso que ele ainda tem 17. Apesar de tudo isso, com o tempo de 53.38, sexta marca do ano, ficou em terceiro, perdendo a vaga para o mundial…

    Acompanhe a declaração de Lynch após a prova:

    [youtube id=”6oFioRH9k7M”]

     

     

  • Três para o Brasil

    E o Brasil se deu bem, no Troféu Sette Colli, em Roma, saindo com 3 medalhas no primeiro dia.

    Nicholas Santos e Thiago Pereira tiveram boas disputas nos 50m borboleta e 200m medley, com o ucraniano Andrey Govorov e com o húngaro Lazlo Cseh. Nicholas ainda saiu com o recorde da competição, enquanto que Thiago, que já tinha o recorde, teve a companhia de Henrique Rodrigues.

    Mas o sábado também deu mais medalhas, desta vez para a natação feminina, e em Canet, com Daynara de Paula e Alessandra Marchioro, nos 100m borboleta e nos 50m livre.

    Todos os 5 atletas estiveram em Londres, e estas competições servem de preparação para o Mundial de Barcelona, que começa no final do próximo mês.

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    Florent Manadou também esteve lá, nadando rápido os 100m livre…

    Os campeões olímpicos Camille Muffat (200 e 400m livre) e Florent Manadou (100m livre), Daniel Gyurta (200m peito) e Ranomi Kromowidjojo (50m borboleta – não tinha um sobrenome mais fácil não?) venceram na Itália.

    Já na França, Jeanette Ottesen, que nadou esteve no último brasileiro, e Katinka Hosszu (que apesar de estar competindo em dezenas de provas nas últimas semanas, conseguir melhorar sua marca nos 200m medley) foram dois dos destaques.

     

  • Fênix Magnussen

    A Austrália, que está realizando seu campeonato nacional em Adelaide, passou por um inferno astral nos últimos meses. Seus favoritos em Londres não se confirmaram. A segunda nação em número de medalhas, viu minguar as 20 de Pequim para 10 em Londres. Seus atletas foram acusados de não levar a sério os Jogos Olímpicos e também de tomar Stilnox (droga não considerada doping, mas proibida pelos médicos) – e confirmaram. O orçamento da natação também foi reduzido…

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    Nadadores assumindo seus erros (Reuters)

    Com tudo isso, era de se esperar que os resultados não viessem, certo? Errado! Eles parecem ter aprendido a lição (vamos ver um segundo capítulo desta novela em Barcelona) e colocaram vários nomes no ranking mundial, entre eles um dos grandes fracassos do ano passado: James Magnussen. O Missil, como é chamado, vinha como franco favorito nos 100m livre, além do revezamento ser uma barbada. A surpresa foi geral nas duas provas.

    Mas Magnussen está de volta. Com seu 47.53, não deixa dúvidas de que do seu potencial. Além dele, o revezamento australiano tem mais 2 atletas entre os 10 melhores do ano. Christian Sprenger tirou a liderança mundial de João Gomes Jr, com o recorde nacional dos 50m peito (26.90). Grant Irvine também está no topo nos 200m borboleta (1:55.32), assim como Cate Campbell nos 100m livre (52.83).

    Pois é, se a matemática pura e simples permanecer, já são 5 ouros no Mundial, apenas nos citados aqui.

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    Cate celebra vitória nos 50m livre com sua irmã Bronte (crédito: Quinn Rooney)

     

     

  • Alemanha: sai uma Steffen, entra um Steffen

    As Alemanhas, juntas e separadas, já conquistaram inúmeras medalhas na natação olímpica, mas precisamente 179! OK, temos os tempos, digamos, obscuros, da Alemanha Oriental com mais da metade deste total (92). Assim mesmo, um volume que ficaria entre as 5 melhores nações.

    Mas esta produção está inconsistente nas últimas edições. Após Atlanta 96 (12), os últimos ciclos não foram muito de comemorar (3-5-3-1), culminando com uma medalha solo nas águas abertas. Pela primeira vez desde 1932, os alemães não subiram no pódium das piscinas em Londres.

    Ainda estão na lista de recordes mundiais, mas eles são da época dos trajes tecnológicos (2009) e seus protagonistas não conseguiram repetir estas performances desde então. Paul Bierdmann, recordista dos 200 e 400m livre, quando bateu Phelps e cia., nem participou da seletiva para o mundial de Barcelona (disse estar se recuperando de uma gripe). Já Britta Steffen, recordista dos 50 e 100m livre, alegando estar doente, garantiu ao menos o revezamento.

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    Steffen, com seu irmão Markus (mais alto): ambos estarão em Barcelona.

    O destaque do nacional germânico foi Steffen Deibler, com suas vitórias nos 50 (22.16) e 100m livre (48.45), 200m medley (1:58.18)  e, principalmente, nos 100m borboleta (51.19), tempo que lhe daria a vitória em Londres, quando ficou em quarto.

    No lado do marketing, a Federação Alemão anunciou que vai continuar com a Arena.

     

  • Troféu Maria Lenk: equipe para Mundial aumenta

    Os brasileiros são muito velozes nos 50m, não apenas no livre, mas em todos os estilos. Isso pode ser comprovado pela grande quantidade de nadadores entre os top 10 do ranking mundial. Daniel Orzechowski fez um rápido 24.68, logo de manhã, para garantir a vaga e também o segundo tempo do ano na prova. Já Guilherme Guido não teve a mesma sorte e por dois centésimos não conseguiu o índice de 24.81.

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    João Gomes, entre felipe Lima e Henrique Barbosa, que tiraram sua vaga olímpica ano passado. (crédito: Satiro Sodré)

    No feminino, já garantida para Barcelona, Etiene Medeiros estabeleceu nova marca do campeonato com 27.88, chegando a mais de 1s das demais.

    Nos 100m peito, domínio do Pinheiros na prova com Beatriz Travalon (1:09.32) e João Gomes Jr (1:00.21), este dois centésimos na frente de Felipe Lima, do Minas. Ambos conquistaram a vaga para o Mundial.

    Nos 200m borboleta, facilidade para Joanna Maranhão (2:10.27) enquanto Leonardo de Deus travou um combate com Kaio Márcio… até os 150m, quando o primeiro se distanciou e fez o índice com 1:56.85.

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    Joanna: bronze no Pan, brigando apenas com ela mesmo nos 200m borbo. (Crédito: Satiro Sodré)

    Na última prova do dia, os 800m livre, domínio do Minas com Juan Pereyra 7:59.47 e Marcos Oliveira (8:02.85), dando mais pontos importantes para o clube mineiro que continua na dianteira com 1.314 pontos. Boa disputa pelo segundo, entre Pinheiros (993) e Corinthians (989).

     

  • Troféu Maria Lenk: a recuperação de Cielo e a revanche dos brasileiros

    Absoluto, em uma prova onde o Brasil tem talentos de sobra. Cesar Cielo deixou atrás o gosto amargo do bronze olímpico (para ele, claro), as cirurgias nos joelhos do ano passado (disse se inspirar em Nadal e Ronaldo), a mudança do clube (era Flamengo) e fortes adversários para garantir sua vaga no Mundial. Com seu 21.57, abaixando um centésimo do seu tempo das eliminatórias, vai tentar o tri na prova na capital catalã. Seu maior adversário é o campeão olímpico, o francês Florent Manadou, único a nadar mais rápido neste ano.

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    Cielo, na produção da campanha Modelos para Vida. (FSP)

    Outros 4 atletas nadaram abaixo do índice, mas quem vai estar junto com Cielo é Marcelo Chierighini (21.88), 4 centésimos mais rápido que o 4o. em Londres, Bruno Fratus.

    O outro medalhista olímpico brasileiro, Thiago Pereira, também fez seu índice nos 400m medley (4:15.87), prova da sua prata ano passado.

    Do lado feminino, as olímpicas Joanna Maranhão e Graciele Hermann também carimbaram o passaporte para Barcelona, respectivamente nos 400m medley (4:43.70, pela manhã) e nos 50m livre (25.10). Hermann já havia nadado abaixo do índice abrindo o revezamento 4x50m livre e também pela manhã. Ela vai ter companhia de Alessandra Marchioro (25.17) e ambas deixaram para trás Inke Dekker (25.23).

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    Graciele: índice tri-confirmado. (Twitter)

    Aliás, se ontem foi o dia dos estrangeiros em solo carioca, hoje só brasileiro venceu.

    Completando as provas individuais, Ana Marcela, especialista em águas abertas, pegou sua primeira medalha em campeonato nacional em piscina, nos 800m livre (8:40.98).

    O dia terminou com os revezamentos 4x200m livre do Minas sendo surpreendido no masculino (Corinthians levou), mas batendo novo recorde de campeonato no feminino (8:09.54).

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    As mina do Minas do 4×200 (Twitter)